De acordo com a Fox News, amanhã (12), vários almirantes vão testemunhar sobre o vazamento de combustível de aviação na instalação subterrânea de armazenamento de Red Hill, em Pearl Harbor, na ilha de Oahu.
Em 20 de novembro do ano passado, ocorreu o vazamento de 14 mil galões de combustível para um poço operado pela Marinha, adoecendo dezenas de pessoas e expulsando 3.500 famílias de militares de suas casas entre o final de novembro até o final de dezembro. Anteriormente, outro vazamento havia acontecido em 6 de maio.
No entanto, o que é ainda mais preocupante, é que o poço da Marinha fornece água potável para 93.000 casas de famílias, que podem ter tido sua água atingida pelo combustível. Além das habitações, o sistema da Marinha envia água para o Exército, Fuzileiros Navais e Força Aérea, conforme noticiado.
"É um grande problema, muitas pessoas estão sofrendo em silêncio", disse a major do Exército Amanda Feindt à mídia.
A militar, que mora na região, relata que ela e sua filha ficaram doentes no dia 13 de dezembro. Feindt disse que sofreu cólicas estomacais comparáveis às dores do parto e que ela e sua filha vomitaram e tiveram diarreia, dor abdominal e foram diagnosticadas com desidratação.
Segundo a mídia, pelo menos 1.000 militares estão vivendo em hotéis bancados pela Marinha e pelo Exército depois que foi detectado o combustível na água de suas casas.
O Departamento de Saúde do Havaí afirmou que, a partir de 28 de novembro, cerca de 500 reclamações começaram a chegar. Pessoas próximas ao vazamento relataram um "cheiro de combustível ou produto químico" em sua água potável. Desde então, uma série de pessoas começaram a ficar doentes.
Túnel dentro da Instalação de Armazenamento de Combustível de Red Hill em Pearl Harbor, Havaí. O Havaí detectou derivados de petróleo em uma amostra de água de uma Escola de Ensino Básico próximo de Pearl Harbor
© AP Photo / Marinha dos EUA
No dia 6 de dezembro, o departamento emitiu uma ordem de emergência após testes comprovarem que a água estava, de fato, contaminada com o combustível, de acordo com o The Washington Post.
A ordem exigia que a Marinha desenvolvesse um plano que esvaziasse os tanques, identificasse os reparos necessários e abordasse as deficiências da operação, em conjunto à instalação de filtragem de água no poço contaminado.
Segundo a mídia, a corporação apresentou resistência, mas nesta terça-feira (11), resolveu acatar a ordem de emergência para esvaziar os tanques de combustível e fazer reparos.
Marinha diz que cumprirá ordem estadual de drenar tanques de combustível de Red Hill
Oficiais militares alegaram que a instalação de Red Hill é a principal operação de combustível no Pacífico, capaz de armazenar até 250 milhões de galões de combustível, já que o Pentágono se concentra na China como seu adversário mais premente, segundo o Washington Post.
A enorme reserva subterrânea foi construída na época da Segunda Guerra Mundial e é considerada crítica para a segurança nacional devido à sua localização estratégica.
A instalação de Red Hill contém cerca de 180 milhões de galões de combustível de aviação e fica a apenas 30 metros de um aquífero que fornece à ilha 77% de sua água limpa.