Panorama internacional

Argentina repudia declaração do Reino Unido que prometeu defender ilhas Malvinas de 'valentões'

País sul-americano reage às declarações do secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, dizendo que são "absolutamente inapropriadas e inaceitáveis", e pediu a Londres que cumpra "as múltiplas resoluções da ONU".
Sputnik
Nesta terça-feira (11), a chancelaria da Argentina "repudiou categoricamente" as declarações do secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, que afirmou que defenderia as ilhas Malvinas de "valentões", conforme comunicado publicado pelo Ministério de Relações Exteriores argentino.
"Os governos democráticos argentinos consolidaram sua reivindicação de soberania sobre a questão das Malvinas no âmbito do direito internacional e por meio de canais pacíficos e diplomáticos", disse o governo argentino no texto, acrescentando que "as referências do secretário Wallace são absolutamente inapropriadas e inaceitáveis".
O ministério também reiterou que "o Reino Unido deve cumprir as múltiplas resoluções da ONU que pedem uma solução negociada para a disputa de soberania sobre as Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul e os espaços marítimos correspondentes".
O governo argentino se manifestou depois que o secretário britânico disse ontem (10) que "nossos inimigos não devem duvidar da determinação do Reino Unido de enfrentar os valentões, de defender aqueles que não podem defender a si mesmos e nossos valores", conforme publicado pelo jornal The Daily Telegraph.
Além disso, o secretário se se referiu às ilhas como Falklands (referência usada pelos britânicos) e não como Malvinas, argumentando que "a história está cheia de consequências daqueles que subestimaram esta pequena ilha".
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Para Thomas Ferdinand Heye, professor de Relações Internacionais do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF) entrevistado pela Sputnik Brasil, as ilhas pertencem a Buenos Aires.
"Sem dúvida nenhuma as Malvinas pertencem à Argentina, e o uso da força [através da guerra pelo Reino Unido] para resolver a questão foi, no mínimo, um absurdo", declarou.
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