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IBGE: inflação de 2021 tem maior alta desde 2015 no Brasil

Com alta de 10,06%, inflação tem maior variação desde 2015 no Brasil e quase dobra o limite da meta do Banco Central.
Sputnik
Nesta terça-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números oficiais do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021.
O índice acumulou alta de 10,06% entre janeiro e dezembro do ano passado. Em 2020, a variação foi de 4,52%. A alta de 2021 é a maior em seis anos, atrás apenas da registrada em 2015, quando a variação foi de 10,67%.
Os números de 2021 ficaram muito acima da meta estipulada pelo Banco Central, cujo centro era de 3,75%, com teto em 5,25%. Essa é a sexta vez que a inflação fica acima do estabelecido desde a criação do sistema de metas da inflação, em 1999.
Mulheres fazem compras em um supermercado em Buenos Aires, Argentina, segunda-feira, 18 de outubro de 2021
A alta da inflação em 2021 foi puxada principalmente pelo setor de transportes, que registrou aumento de 21,03% no período, o equivalente a 2,05 pontos percentuais no total do IPCA para o ano. Logo depois vêm as áreas de habitação, com alta de 13,05%, e alimentação e bebidas, com variação de 7,94%.
Ainda segundo o IBGE, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em dezembro do ano passado. Os destaques foram: vestuário, com alta de 2,06%; artigos de residência, com alta de 1,37%; e alimentação e bebidas, com variação de 0,84%.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve aumento ligeiramente maior que o IPCA em 2021, e ficou em 10,16%. Apelidada de "inflação dos pobres", o INPC mede a inflação para famílias com renda familiar entre um e cinco salários mínimos. Segundo o IBGE, esse grupo costuma gastar seu rendimento com itens básicos, como alimentação e transporte.
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