Panorama internacional

Nenhum membro da OTAN está pronto para discutir limitação da expansão da aliança, dizem EUA

Julianne Smith, embaixadora dos EUA na OTAN, negou firmemente, após discussões bilaterais com a Rússia, que a Aliança Atlântica pretenda parar sua política de aceitar novos Estados-membros.
Sputnik
A OTAN não parará sua política de "portas abertas" em relação a novas adesões, advertiu na terça-feira (11) Julianne Smith, embaixadora dos EUA na OTAN.
"Neste ponto me deixe ser muito, muito clara: ninguém está sugerindo que alteremos a política da OTAN sobre o alargamento, as portas seguem abertas. Ninguém tem o direito de fechar essa porta, e qualquer decisão sobre o alargamento continuará sendo entre a aliança da OTAN e o país em questão", sublinhou a diplomata.
"Sinceramente, não vejo muito compromisso [nessa questão]", notou Smith, falando à emissora CNN após discussões bilaterais com a Rússia em Genebra, Suíça.
A embaixadora, que deverá participar na quarta-feira (12) das negociações do Conselho Rússia-OTAN em Bruxelas, Bélgica, repetiu as afirmações de que a Rússia estaria alegadamente se preparando para invadir a Ucrânia.
"Todos os aliados estão comprometidos em iniciar o diálogo com a Rússia amanhã [12]. Mas, ao mesmo tempo, os aliados estão unidos no envio de mensagens aos russos no sentido de que, se decidirem alargar sua invasão da Ucrânia, enfrentariam consequências massivas da OTAN e também da UE [União Europeia]", disse a diplomata.
"A Rússia continua mantendo cerca de 100.000 tropas mesmo na fronteira com a Ucrânia. Acreditamos que têm planos de trazer mais forças para a frente. Eles afirmam que participam de exercícios. Isso parece um grande número de tropas para ter na fronteira para um exercício, e também não houve notificação de qualquer exercício, por isso não entendemos muito bem por que estão reunindo forças na fronteira", acrescentou.
Panorama internacional
Moscou: a não expansão da OTAN é questão principal para segurança da Rússia que não pode ser adiada
A Rússia tem negado há meses declarações por pessoas e entidades no Ocidente de que planeja invadir a Ucrânia, referindo que tem todo o direito de movimentar tropas dentro de seu próprio território, e também questiona a militarização das fronteiras pela OTAN, inclusive na Ucrânia, que não é Estado-membro da Aliança Atlântica.
Em 17 de dezembro o Kremlin publicou propostas para a reformulação da segurança europeia, sugerindo que tanto a Rússia como a OTAN evitassem a colocação de armas nucleares perto das fronteiras do outro bloco, que a Aliança Atlântica parasse sua expansão oriental, o que incluiria a não adesão da Ucrânia, além de cessar o aproveitamento militar do território de países que se tornaram Estados-membros após 1997.
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