Em entrevista ao jornal Die Zeit, a ministra alegou as várias tentativas frustradas de comunicação com a diretoria do aplicativo de mensagens instantâneas Telegram.
Faeser comentou durante a entrevista que extremistas estavam espalhando ódio e planejando ataques com a ajuda do aplicativo, enquanto o Telegram continua adotando postura de "laissez-faire", uma política de não-intervenção.
"[O bloqueio do Telegram] seria gravíssimo e claramente nosso último recurso", disse a ministra, garantindo que a Alemanha vai continuar os diálogos com a empresa.
O governo alemão também espera que outros países europeus se envolvam nesse tipo de situação pois, segundo a ministra, "é necessário ter força para aplicar a lei e a Alemanha sozinha não será capaz".
Em dezembro do ano passado, a polícia alemã prendeu um grupo de criminosos que estava supostamente planejando o assassinato do ministro-presidente do estado alemão da Saxônia. Os suspeitos tinham como o principal meio de comunicação o aplicativo de mensagens Telegram.
O Telegram também esteve em apuros no ano de 2018, quando foi bloqueado na Rússia após sua diretoria recusar liberar o acesso de mensagens criptografadas que seriam usadas pelo Serviço Federal de Segurança russo para monitorar a ação de criminosos.