Panorama internacional

MRE russo: reação dos EUA sobre missão de paz no Cazaquistão confirma suas intenções na Eurásia

Sergei Ryabkov, vice-chanceler russo, declarou que os EUA ficaram impressionados pela maneira como os países da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) prestaram assistência ao Cazaquistão enviando forças de paz ao país a pedido do presidente cazaque Kassym-Jomart Tokaev.
Sputnik
Em entrevista ao canal RTVI, o diplomata observou que, durante as conversações em Genebra e Bruxelas sobre garantias de segurança, o tema da missão de manutenção de paz da CSTO no Cazaquistão não foi abordado, mas este evento "esteve presente de forma invisível, estava em segundo plano".
O diplomata também observou que "os americanos não se contiveram, os comentários autoincriminatórios vindos de Washington demonstraram e confirmaram muitas coisas.
"Talvez eles tenham confirmado, mesmo do ponto de vista das nossas piores suposições, sobre o que move os EUA no chamado espaço pós-soviético, quais são seus objetivos", comentou vice-chanceler.
Nesta terça-feira (11) presidente da Duma (Parlamento) de Estado da Rússia Vyacheslav Volodin disse que os EUA não queriam a presença da missão de paz da CSTO no Cazaquistão.
"Da parte de Washington, escutamos a declaração de que ele necessita de explicação dos líderes do Cazaquistão por que pediram ajuda à CSTO. A administração dos EUA não queria a missão de paz da CSTO, mas sim que a situação de desestabilização no território do Cazaquistão se mantivesse", afirmou.
"Atrevo-me a sugerir que os americanos ficaram impressionados com o quão eficaz e dinamicamente os países da CSTO foram capazes de tomar decisões necessárias para ajudar um dos Estados, um dos nossos aliados, que ficou em uma situação difícil", disse Ryabkov.
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Com situação no país estabilizada, forças de paz da CSTO iniciam retirada do Cazaquistão (VÍDEO)
EUA querem "soltar o vapor" da iniciativa de garantias de segurança, mas ao mesmo tempo estão aproximando a infraestrutura da OTAN das fronteiras da Rússia, comentou Ryabkov.
"Os americanos querem iniciar um diálogo conosco sobre alguns fragmentos da situação na área de segurança e, dizendo de maneira simples, soltar o vapor da posição russa, aliviar a pressão, atenuar a tensão. Mas, entretanto, enquanto se escondem atrás deste diálogo sobre fragmentos, continuam o mesmo processo de exploração geopolítica, militar de cada vez mais novos territórios, avançando cada vez mais em direção a Moscou", disse o diplomata em entrevista canal de TV.
Rússia é atualmente o principal adversário da OTAN apenas porque está tentando defender firmemente os seus interesses, observou Ryabkov.
"Rússia é agora o principal adversário da OTAN simplesmente porque busca defender consistentemente os seus próprios interesses", disse.
Além disso, o diplomata russo disse que as coisas mais impensáveis podem vir à mente dos políticos em Kiev, é necessário pôr fim a isso e fazer a Ucrânia retornar ao cumprimento dos Acordos de Minsk sobre a região de Donbass.
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