"O Conselho decidiu hoje [quinta-feira, 13] prolongar as medidas restritivas atualmente direcionadas a setores econômicos específicos da Federação da Rússia por seis meses, até 31 de julho de 2022", diz o documento.
As sanções limitaram o acesso de empresas e bancos russos aos mercados de capitais da UE e proibiram assistência financeira ou corretagem para instituições financeiras russas.
Além disso, as medidas interromperam importações, exportações e transferências de equipamentos de defesa e prejudicaram o acesso da Rússia a tecnologias utilizadas na produção de petróleo.
A decisão do Conselho da UE ocorre após a última avaliação dos Acordos de Minsk, realizada em 16 de dezembro de 2021, e a continuidade das tensões envolvendo a Ucrânia.
Segundo o órgão, os líderes europeus concordaram por unanimidade em prorrogar as condições contra a Rússia devido ao "fracasso do país em implementar integralmente esses acordos".
A Rússia já declarou que não tem responsabilidades pelo conflito na Ucrânia e que não é objeto dos Acordos de Minsk.
"Além das sanções econômicas, a UE lançou diferentes medidas em resposta à anexação ilegal da Crimeia [reintegração da Crimeia à Rússia] e da cidade de Sebastopol pela Rússia, bem como uma desestabilização deliberada da Ucrânia", afirma a nota.
As relações entre a Rússia e o Ocidente pioraram após a reintegração da Crimeia à Rússia, em 2014. Na época, em um referendo realizado no país, 96% dos eleitores votaram a favor da reintegração.
Na sequência, os Estados Unidos, a UE e outros países aprovaram pacotes de sanções contra a Rússia. Moscou respondeu às restrições com um embargo de alimentos às empresas europeias.