"Agora nos encontramos em um momento crítico para a segurança europeia e devemos falar com a Rússia, entre outros assuntos, para lhe transmitirmos a posição unânime de todos os aliados de que não vamos fazer nenhumas concessões, se se trata de um princípio", ressaltou o secretário-geral.
"Cada país tem o direito de escolher seu próprio caminho e a decisão se quer ou não integrar a aliança militar que é a OTAN", acrescentou Stoltenberg.
Segundo suas palavras, para os membros da aliança "o direito de proteção de todos os aliados" é de importância crucial, e pode ser realizado inclusive através do posicionamento de um contingente no leste da Europa.
"Ao mesmo tempo devemos conversar, e por isso nós propusemos um diálogo em relação ao controle de armamentos, transparência dos exercícios militares, mecanismos para a redução de riscos [...] incidentes, entre muitas outras questões."
Na quarta-feira (12), ocorreu em Bruxelas a reunião do Conselho OTAN-Rússia. Durante o encontro, o vice-chanceler russo, Aleksandr Grushko, apontou que uma maior degradação da situação nas relações entre a Rússia e o Ocidente pode levar a consequências imprevisíveis e graves para a segurança europeia.
O Kremlin insiste que a OTAN cesse a cooperação militar com os países ex-soviéticos, descarte a ideia da criação das bases nos territórios deles, reduza a implantação de meios de ataque nas proximidades da fronteira russa e garanta a não expansão para leste.
Em resposta às exigências da Rússia, Stoltenberg anunciou o desejo da Aliança Atlântica de restaurar a missão em Moscou e também a missão diplomática russa na sede do bloco em Bruxelas. Porém, ele manifestou sua oposição à ideia de não integração da Ucrânia à organização.