"Do ponto de vista do direito internacional, cada país soberano tem a liberdade de firmar acordos que considere convenientes para seus próprios interesses com qualquer outra nação do mundo. Os Estados Unidos têm bases militares em 80 países. A Rússia também tem o direito de ter bases em outros países no âmbito de acordos bilaterais", opinou o especialista.
Nesta quinta-feira (13), Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores russo, disse que não exclui nem confirma a possibilidade de a Rússia implantar sua infraestrutura militar em Cuba e na Venezuela. Por outro lado, ele sublinhou que a Rússia teve durante 30 anos uma presença em Cuba no âmbito de um acordo bilateral entre os dois países.
Lamrani observou que "não creio que Cuba necessite de implantação de uma infraestrutura militar russa em seu território por duas razões: não há perigo de agressão armada e o país tem desenvolvido sua própria doutrina militar, chamada 'a guerra de todo o povo', para responder a uma eventual invasão".
O que a Cuba precisa é de investimento econômico e solidariedade política, disse o acadêmico.
"Não acho que tenha como prioridade reforçar seu potencial militar", acrescentou.
O especialista concluiu que Cuba é um país pacífico que aspira a ter relações normais com todas as nações do mundo, baseadas na igualdade soberana, na reciprocidade e não na ingerência nos assuntos internos.