Os pesquisadores conseguiram criar imagens em 3D do crânio do dinossauro e analisar como era o cérebro do animal. O estudo foi feito utilizando um crânio do Instituto de Paleontologia de Viena encontrado no século XIX.
"Os canais semicirculares anteriores e laterais angulares curtos, combinados com o ducto coclear de dinossauro mais curto já descoberto e a falta de um recesso flocular, sugerem um estilo de vida bastante inerte, sem a necessidade de sentidos sofisticados para equilíbrio e audição", explicaram os cientistas no estudo.
Com as imagens inéditas feitas por tomografias computadorizadas especiais e projeções em 3D, os cientistas foram capazes de entender que o anquilossauro não só tinha uma péssima audição, como também provavelmente possuía movimentos lentos.
Levando em consideração outras descobertas dessa espécie de dinossauro, os pesquisadores acreditam que, por conta da audição prejudicada, os anquilossauros viviam vidas solitárias, o que era raro para dinossauros.
"Nossas análises concluíram que este animal se adaptou a um estilo de vida comparativamente inativo e com limitadas interações sociais", escreveram os pesquisadores.
O anquilossauro era um animal herbívoro que viveu há cerca de 80 milhões de anos na região que hoje é a Europa. Este dinossauro poderia chegar aos 8 metros de comprimento e possuía uma grossa e resistente carcaça com placas ósseas e espinhos, o que levou muitos paleontólogos a chamá-lo de "fortaleza viva".
Foi descoberto que um dinossauro que viveu há 80 milhões de anos era praticamente surdo e com movimentos lentos.
O estilo de vida dessa determinada espécie sempre gerou mais perguntas que respostas para os especialistas, mas agora, com esse novo estudo, os cientistas estão esperançosos que mais descobertas serão feitas com a subsequente análise e aplicação desses novos dados.