Os EUA não descartam cortar os bancos russos do sistema global de pagamentos SWIFT como forma de sanção a uma suposta invasão russa à Ucrânia.
"Tal possibilidade existe", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Ele acrescentou que Washington "continua a cooperar estreitamente com seus colegas europeus em relação às possíveis consequências graves para a Rússia caso ela invada a Ucrânia".
Os comentários foram feitos em reposta à publicação do jornal alemão Handelsblatt, que informou que os governos ocidentais não estão mais considerando boicotar a participação da Rússia no SWIFT.
Com sede na Bélgica, a SWIFT é uma vasta rede de mensagens usada por bancos e outras instituições financeiras para enviar e receber instruções de transferência de dinheiro de forma rápida e segura.
Sistema de pagamento SWIFT
© Foto / Twitter da Swift Community
No dia 7 de janeiro, o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, Robert Menendez, disse que os EUA estão preparando as sanções mais severas já impostas à Rússia, caso haja invasão na Ucrânia.
"Quero ser cristalino para aqueles que estão ouvindo esta audiência em Moscou, Kiev e outras capitais ao redor do mundo: uma invasão russa vai desencadear sanções econômicas devastadoras, como nunca vistas antes", disse Menendez, do Partido Democrata.
Na ocasião, ele teria dito que "a Rússia seria removida do sistema de pagamentos SWIFT [Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais]. Sanções setoriais prejudicariam a economia russa. O próprio Putin e seu círculo interno perderiam acesso a contas bancárias no Ocidente", declarou.
Moscou tem negado repetidamente as acusações de ações agressivas, afirmando que não realiza ameaças e não tem a intenção de atacar nenhum país.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que a Rússia está movendo tropas dentro de seu próprio território e a seu critério.
Para ele, todas as declarações sobre a alegada agressão da Rússia estão sendo usadas como justificativa para a OTAN posicionar mais equipamento militar próximo às fronteiras russas.