Os astrônomos entenderam que "objetos perto da Terra" (NEO, na sigla em inglês) vindos do leste durante a noite, em especial às duas horas da manhã, podem ser identificados pela rede de telescópios e satélites como estacionários, por conta da compensação da rotação do nosso planeta.
No estudo publicado na revista científica Icarus, o grupo de especialistas concluiu que 50% dos NEOs apresentam os chamados períodos de movimentação lenta, que os tornam difíceis de identificar.
"As pesquisas devem ter um cuidado extra ao monitorar o céu nessa direção e seguir ativamente novos objetos de movimentação lenta", explicaram os astrônomos no estudo.
Além de monitorar os asteroides, o time de cientistas da NASA também está pesquisando maneiras de atacar possíveis NEOs que venham a estar em rota de colisão com a Terra.
"No evento de encontrarmos alguma coisa que venha em direção à Terra, nós gostaríamos de poder fazer algo. Não podemos só encontrá-los e depois ficarmos parados esperando que nos atinjam", explicou um dos pesquisadores da Universidade do Havaí, nos EUA, Richard Wainscoat.
A preocupação maior com NEOs e seus subsequentes choques com o nosso planeta aumentou quando, em 2019, o chamado asteroide 2019 OK passou a cerca de 70.000 quilômetros de distância da Terra, apenas 24 horas depois de ser identificado pelos astrônomos.
O 2019 OK era um asteroide com 100 metros de largura e o maior a passar tão perto do nosso planeta desde 1908.
Mesmo assim, os astrônomos estão confiantes de que não precisamos nos preocupar com nenhum meteoro ou asteroide se chocando com a Terra em um futuro próximo.
"As pessoas não devem perder o sono com isso", completou Wainscoat.