Panorama internacional

Coreia do Norte testou mísseis táticos guiados, diz mídia estatal

A Coreia do Norte revelou detalhes sobre o lançamento realizado nesta segunda-feira (17). Segundo a mídia estatal do país, este foi um teste de mísseis táticos guiados.
Sputnik
Com base em informações da Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA, na sigla em inglês), a agência sul-coreana Yonhap divulgou que os dois projéteis lançados eram mísseis balísticos de curto alcance (SRBMs) do tipo KN24.
De acordo com a mídia estatal, os mísseis atingiram "com precisão" o alvo estabelecido no mar do Japão (também conhecido como mar do Leste).
Desta vez, o líder do país, Kim Jong-un, não esteve presente no lançamento. Ele assistiu de perto ao teste do dia 11 de janeiro.
O míssil teve um alcance de cerca de 380 quilômetros e atingiu uma altura de aproximadamente 42 quilômetros. Além disso, o intervalo de disparo foi reduzido de 11 minutos para apenas quatro minutos, com relação aos lançamentos, em 14 de janeiro, das "versões norte-coreanas do Iskander", os KN-23.
Um oficial militar sul-coreano afirmou à Yonhap que as forças do país estão estudando o motivo do recente aumento da quantidade de testes de mísseis do país vizinho.
Segundo ele, uma possibilidade analisada é que a Coreia do Norte esteja se preparando para garantir a capacidade de disparo de um "enorme" lançador múltiplo de foguetes.
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Este é o quarto lançamento de mísseis norte-coreanos só neste ano. Os anteriores ocorreram nos dias 5, 11 e 14 de janeiro.
Nas duas primeiras ocasiões, a Coreia do Norte informou ter testado com sucesso mísseis hipersônicos. Já no terceiro teste, o país lançou dois mísseis balísticos convencionais de um sistema ferroviário de mísseis.
Mais cedo nesta segunda-feira (17), a ONU manifestou apreensão com os últimos lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte e defendeu o diálogo. O porta-voz da organização, Stephane Dujarric, afirmou que o avanço do país no setor tem levado a comunidade internacional a uma "crescente preocupação".
Na semana passada, a Coreia do Norte alertou que reagiria "de maneira mais contundente" se os EUA impusessem sanções após os testes de mísseis do país.
De acordo com a KCNA, o conselheiro de Estado da China e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, disse, nesta segunda-feira (17), que as sanções norte-americanas apenas exacerbariam as tensões na península coreana e que a medida "não apenas não resolveria o problema, como criaria um novo."
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