Panorama internacional

Reino Unido convida Sergei Shoigu para diálogo, mas informa que ajudará Ucrânia militarmente

Secretário de Defesa do Reino Unido convida seu homólogo russo para conversar em Londres, ao mesmo tempo, informa que enviará a Kiev novo pacote de ajuda militar com sistemas de armas leves, antiblindagem e defensivos.
Sputnik
Hoje (17), o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, fez um discurso na Câmara dos Comuns sobre a situação na Ucrânia e o posicionamento britânico diante da questão.
"A posição do Reino Unido sobre a Ucrânia também é clara. Apoiamos inequivocamente sua soberania e integridade territorial dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, incluindo a Crimeia", declarou, completando que "qualquer ação desestabilizadora da Rússia na Ucrânia seria um erro estratégico que teria consequências significativas".
Wallace também informou que um novo pacote de ajuda militar vai ser enviado a Kiev, o qual inclui sistemas de armas leves, antiblindagem e defensivos, além do encaminhamento de alguns funcionários para "treinamento inicial por um curto período de tempo, no âmbito da Operação ORBITAL".
No entanto, o secretário destacou que as "armas são de curto alcance e claramente defensivas, não são armas estratégicas e não representam nenhuma ameaça para a Rússia".
Em seguida, o secretário fez um convite ao seu homólogo russo, Sergei Shoigu, para visitar Londres.
"Estou estendendo um convite ao meu colega russo, Sergei Shoigu, para visitar Londres nas próximas semanas. Estamos prontos para discutir questões relacionadas a preocupações de segurança mútua e nos envolver de forma construtiva, de boa fé."
O discurso de Wallace foi publicado no site do governo britânico.
Presidente russo Vladimir Putin ao lado do ministro da Defesa russo Sergei Shoigu, em 1 de março de 2020
A Rússia, através do vice-ministro das Relações Exteriores, Aleksandr Grushko, disse hoje (17) que a atual "situação crítica" é resultado da expansão da Aliança Atlântica, e que medidas proporcionais devem ser tomadas.
Segundo Grushko, o "alargamento e aproveitamento militar dos territórios dos novos países" é a maior prova de que "a infraestrutura militar [da OTAN] se aproximou centenas e milhares de quilômetros das fronteiras russas".
"Na OTAN sabem perfeitamente que medidas técnico-militares russas estão em causa. Nós não escondemos nossas possibilidades, agimos de forma muito transparente", declarou.
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