Ontem (17), Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, confirmou que o presidente tinha informações privilegiadas da Polícia Federal (PF).
Segundo ele, Bolsonaro soube antecipadamente que o ex-assessor, Fabrício Queiroz, seria alvo da operação Furna da Onça, que afetou seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), conforme noticiado.
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação Abraham Weintraub
© AP Photo / Eraldo Peres
De acordo com o jornal O Globo, o presidente está irritado com o posicionamento do ex-ministro, e em conversa com atuais ministros, o comparou a outros antigos colegas de ministério que passaram a ser críticos do governo, como Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo).
Weintraub voltou no fim de semana ao Brasil para tentar articular sua candidatura ao governo de São Paulo, mesmo com Bolsonaro defendendo publicamente o nome do ministro Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, para o posto.
Segundo a mídia, no ano passado, Weintraub alfinetou Tarcísio, dizendo que a "linha de pensamento" dele é diferente.
"A linha de pensamento deles não é igual a minha e de meu irmão [Arthur Weintraub], porque nós somos conservadores, antisistema, não queremos ficar batendo papo furado com quem tem ligação com esquema de corrupção ou com quem prega o absurdo", complementando que "estou aqui para defender os valores que acredito".