"Tenho defendido esse diálogo por vários anos já. Ele [diálogo] não é uma opção, porque a nossa história e geografia não podem ser mudadas. Nós, os europeus, devemos apresentar coletivamente nossas próprias exigências e tentar conseguir o seu cumprimento", afirmou.
Segundo suas palavras, o diálogo deve ser aberto e exigente.
O presidente da França notou ainda que a Europa precisa construir uma ordem de segurança coletiva no continente europeu.
Conforme ele anunciou, nas próximas semanas vão ser elaboradas as propostas de segurança e de estabilidade que devem ser discutidas depois no quadro da OTAN e logo levadas para a mesa de negociações com a Rússia.
"Nós vamos monitorar para que a voz da Europa seja ouvida, unida e forte, sobre as questões de desarmamento estratégico, de controle sobre as armas convencionais, de transparência da atividade militar e de manutenção da soberania de todos os Estados europeus, qualquer que seja sua história", declarou.
"Dentro de algumas semanas, nós devemos completar as propostas europeias a respeito de construção de nova ordem da segurança e estabilidade. Nós devemos elaborá-las entre os europeus, compartilhá-las com nossos aliados no quadro da OTAN e depois propô-las para negociações com a Rússia."
A presidência da França na União Europeia por seis meses começou em 1º de janeiro.
A Rússia tem declarado por diversas vezes que está aberta ao diálogo com o Ocidente na base do respeito mútuo e que a culpa pela deterioração das relações não é de Moscou.
Em meados de janeiro, foi realizada uma série de consultas entre o lado russo e os países do Ocidente sobre as propostas de segurança que o Kremlin tinha enviado para os EUA e a OTAN no final de 2021 em meio à escalada da crise na Ucrânia.