Ciência e sociedade

Micróbios marcianos? Nova descoberta expande teoria sobre a vida em Marte

Equipe de cientistas analisou amostras coletadas pelo rover Curiosity entre agosto de 2012 e julho de 2021.
Sputnik
Os cientistas descobriram que em cerca de metade das amostras foram registrados vestígios de isótopos de carbono. O elemento é crucial na possível formação de vida no planeta, porém o tipo detectado pelos cientistas é diferente do que normalmente encontramos aqui na Terra.

"A análise dos isótopos de carbono está entre as abordagens mais universais na geoquímica, porque o fracionamento dos isótopos de carbono produzem um rastro natural de processos biológicos e químicos [...] Os valores [encontrados na pesquisa] mostram uma grande variação, indicando diferentes origens para o carbono evoluído de diferentes amostras", explicam os cientistas no estudo publicado nesta semana.

Os isótopos encontrados pelos cientistas são do carbono-12, que no nosso planeta está relacionado a processos metabólicos. Para explicar esse tipo de elemento ser encontrado nas rochas de Marte, os cientistas apresentaram três possíveis teorias.
"Três possíveis explicações são a fotólise do metano biológico liberado do subsolo, a fotorredução de gás carbônico atmosférico e a deposição de poeira cósmica durante a passagem através de uma nuvem molecular galáctica. Todos esses três cenários não são convencionais, ao contrário dos processos comuns na Terra", publicaram os cientistas no estudo.
A primeira teoria é a que mais anima cientistas e entusiastas sobre a chance de existir vida fora da Terra. A tese leva em consideração a possibilidade de micróbios estarem produzindo gás metano, que é transformado em moléculas orgânicas mais complexas após interação com raios ultravioletas presentes no ar de Marte. Esses elementos maiores então teriam caído na superfície e se misturado às amostras coletadas pelo rover Curiosity.
Os cientistas frisaram que todos os três cenários "não são convencionais" e que ainda são necessárias mais amostras para expandir os estudos. O problema é que os pesquisadores ainda não sabem identificar exatamente onde poderiam ser encontradas rochas com esse tipo de elemento. Então agora é esperar e torcer para que o robô da NASA traga mais boas notícias.
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Um ano que os cientistas têm marcado no calendário é 2031, que é quando a NASA pretende coletar o resto das amostras do outro rover da agência espacial, o Perseverance, para que elas possam ser analisadas mais cuidadosamente nos laboratórios do nosso planeta.
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