A decisão colegiada da Anvisa foi unânime, mas não recomenda o uso da vacina em imunossuprimidos - pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Apesar disso o uso para crianças com comorbidades está liberado. A Anvisa também divulgou que a vacinação terá duas doses, com intervalo de 28 dias e usará a mesma versão do imunizante utilizado em adultos.
O Butantan tenta a liberação da CoronaVac para uso em crianças desde julho de 2021. A solicitação aceita pela Anvisa data de dezembro do ano passado. O Butantan queria a liberação para uso em crianças a partir de três anos, mas a Anvisa aguarda mais estudos sobre o tema.
O Butantan tenta a liberação da CoronaVac para uso em crianças desde julho de 2021. A solicitação aceita pela Anvisa data de dezembro do ano passado. O Butantan queria a liberação para uso em crianças a partir de três anos, mas a Anvisa aguarda mais estudos sobre o tema.
A CoronaVac já é utilizada em diversos países para vacinar crianças. É o caso de China, Chile, Colômbia, Equador, Indonésia e Camboja.
Nas redes sociais, o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), comemorou a decisão e afirmou que a vacinação com a CoronaVac terá início imediato. Doria também prometeu que a imunização de crianças estará completa em três semanas no estado.
Início da vacinação e oposição de Bolsonaro
A vacinação de crianças no Brasil foi iniciada na segunda-feira (17) nas principais capitais. A vacina utilizada é uma versão pediátrica do imunizante da Pfizer, aprovada em dezembro de 2021 pela Anvisa. Apesar disso, as primeiras doses do fármaco só chegaram ao Brasil neste mês.
Presidente Jair Bolsonaro fala com ministro da Saúde Marcelo Queiroga durante cerimônia no Palácio do Planalto, 29 de junho de 2021
© REUTERS / Adriano Machado
A compra e a aplicação da vacina foram atrasadas após críticas do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) contra a aprovação do imunizante. Bolsonaro chegou a afirmar que não vacinaria sua filha e incitou apoiadores contra os técnicos da Anvisa após pedir a divulgação dos nomes dos funcionários.
Em apoio a Bolsonaro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, convocou uma consulta pública sobre o tema. O governo federal também cogitou exigir a autorização dos pais para a aplicação da vacina.