No discurso comemorativo de um ano de seu mandato, realizado ontem (19) o presidente, Joe Biden, foi questionado se planeja visitar a América do Sul para fortalecer as relações diplomáticas, dado os avanços que a China tem feito no mercado local.
Em sua resposta, o presidente norte-americano defendeu deixar para trás a ideia de que a América Latina é o quintal dos EUA, já que seu governo não dita o que acontece na região.
"Nós costumávamos falar, quando eu era jovem na faculdade, que [a América Latina] é o quintal da América. Não é o seu quintal. Tudo ao sul da fronteira mexicana é o jardim da frente da América. Somos pessoas iguais. Não ditamos o que acontece em qualquer parte desse continente ou do continente sul da América. Temos que trabalhar muito nisso", declarou Biden.
Ele lembrou que, como vice-presidente na gestão de Barack Obama, fez muitas viagens à América do Sul nas quais teve contato com lideranças regionais que o ajudaram a ver a situação política e econômica da região.
"As pessoas estão deixando [seus países] porque têm problemas reais. E uma das coisas que fiz, quando fui vice-presidente, e tive apoio – embora não tivesse muito dos republicanos – foi dar trilhões de dólares para dizer a esses países: 'Por que as pessoas estão saindo? Como eles vão reformar seu próprio sistema?' E eu trabalho nisso há muito tempo. Ainda precisamos de muito tempo", confessou.
O mandatário também considerou que seu governo está resolvendo as consequências das decisões de política externa tomadas por seu antecessor, Donald Trump, e que afetaram diretamente a América Latina, América Central e América do Sul.
"O problema é que estamos tendo grande dificuldade em corrigir os erros que cometemos nos últimos quatro anos e levará algum tempo", reconheceu Biden.