Uma equipe de dez especialistas ligados à Secretaria de Saúde do estado identificou que o incidente foi causado por uma doença cardíaca rara que a família desconhecia.
A menina teve a parada cardíaca 12 horas após receber a vacina da Pfizer, na última terça-feira (18). Ela foi socorrida e estabilizada, mas continua internada no complexo hospitalar da Unimed, na cidade de Botucatu.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, esclareceu que os profissionais tiveram acesso às informações em contato com a equipe médica que atendeu a criança.
"Concluiu-se que não se trata de um evento adverso decorrente da vacina. Não tem qualquer relação com o imunizante ministrado", disse Gorinchteyn em coletiva de imprensa após o início da aplicação da CoronaVac em crianças, conforme noticiado pelo Estadão.
O caso levou a prefeitura da cidade a suspender, na última quarta-feira (19), a campanha de imunização infantil por uma semana, para investigar o ocorrido. Até então, a única vacina aplicada em menores era a da Pfizer, direcionada à faixa etária de cinco a 11 anos.
Nesta quinta-feira (20), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou também o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes entre seis e 17 anos.
Segundo o prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado (DEM), com a confirmação de causa alheia à vacina, o único relato de mal-estar em crianças da cidade devido ao imunizante foi o de febre leve.
"É uma reação esperada, inclusive entre os adultos", comentou Prado.
A Secretaria de Saúde de Lençóis Paulista, a prefeitura local e o Comitê de Enfrentamento à COVID-19 informaram que estão acompanhando e monitorando diariamente as 46 crianças do município vacinadas até o momento.