Ao contrário dos EUA, Reino Unido, Polônia e outros aliados, o governo alemão se recusou a exportar armas letais diretamente para a Ucrânia.
Informações do The Wall Street Journal apontam que a questão está sendo vista pelos EUA como um teste para Berlim. Enquanto isso, o governo estoniano disse que ainda está tentando persuadir a Alemanha a mudar de ideia.
"Esperamos obter a aprovação da Alemanha", disse Kristo Enn Vaga, assessor do ministro da Defesa da Estônia. "A Estônia mostrou que quer ajudar a Ucrânia em termos práticos da maneira que pudermos".
A Estônia fornecerá mísseis Javelin, enquanto a Letônia e a Lituânia fornecerão mísseis antiaéreos Stinger e outros equipamentos para reforçar as capacidades militares defensivas da Ucrânia, disseram autoridades desses países.
Autoridades alemãs disseram que o impasse é resultado de uma política de longa data em relação à exportação de armas para regiões consideradas tensas.
"O princípio que rege as exportações de armas é sempre o mesmo. Sejam elas vindas diretamente da Alemanha ou de terceiros países. E nenhuma permissão foi emitida neste momento", disse um porta-voz do governo alemão.
Autoridades ucranianas disseram que quaisquer armas são necessárias, e que permitir que a Estônia envie as peças de artilharia pode ser um precedente para o envio de sistemas adicionais de origem alemã de outros países.
A Estônia pretende transferir um obus que dispara um projétil de 122 mm a cerca de 20 quilômetros. Os obuses, originalmente fabricados na União Soviética, estavam estacionados na antiga Alemanha Oriental.
Após a reunificação alemã, Berlim exportou as armas para a Finlândia na década de 1990, que posteriormente passou para a Estônia em 2009. Nas últimas semanas, o governo estoniano pede permissão para Berlim para enviar as unidades de artilharia para a Ucrânia.
A Alemanha é um dos maiores exportadores de armas do mundo e envia armas para países não aliados, como Egito ou Paquistão. Autoridades alemãs disseram, no entanto, que a exportação de armas para a Ucrânia está fora de questão.