Com posse marcada para 11 de março, o governo chileno será composto por uma maioria de mulheres, que liderarão 14 pastas.
As informações foram confirmadas pelo perfil de Gabriel Boric nas redes sociais. Em uma série de publicações, ele revelou os ministros, destacando suas atribuições e apresentando um breve histórico de cada.
O fato de estarem em partidos distintos também favorecerá a governabilidade do chileno. A coalizão Aprovo Dignidade, formada pela Frente Ampla, de Boric, e pelo Partido Comunista, detém 37 deputados, de um total de 155, e cinco senadores, entre 43, no próximo Parlamento.
A neta de Salvador Allende, Maya Fernanda Allende, deputada federal, ocupará a pasta da Defesa, em uma nomeação de alto valor simbólico.
Outro ministério importante, o da Fazenda, ficará com Mario Marcel, membro do Partido Socialista.
A atenção em torno desta pasta acontece em razão das promessas de campanha de Boric, que afirmou que planeja combater as desigualdades taxando ricos e revendo o sistema de aposentadoria chileno.
A geração de antigos líderes estudantil que militou com Boric no início de sua trajetória política também ocupará pastas importantes.
Uma multidão marcha em apoio a Salvador Allende para presidente em Santiago, Chile, em 5 de setembro de 1964. Foto de arquivo
© Foto / Biblioteca do Congresso dos EUA
A popular sanitarista Izkia Sichel, que não integrava a política partidária até ser convidada por Boric para se tornar a porta-voz de sua campanha no segundo turno, será a ministra do Interior.
Será a primeira vez que o Ministério, um dos mais importantes do governo, será ocupado por uma mulher. A pasta de Relações Exteriores também ficará sob a liderança de uma mulher, Antonia Urrejola.