De acordo com o estudo, publicado na International Journal of Paleopathology, os pesquisadores encontraram as bandagens nos restos de uma menina, cuja idade não era superior a quatro anos.
Informa-se que ela morreu há cerca de 2.000 anos. O curativo estava colocado em torno de uma ferida que mostrava sinais de infecção.
"Isso nos oferece pistas sobre como eles [antigos egípcios] tratavam tais infecções ou abcessos durante a sua vida", disse um dos autores do estudo, Albert Zink, chefe do Instituto de Estudos da Múmia da Universidade de Bolzano, Itália, ao Business Insider.
Segundo sugere o estudo, aponta-se que a múmia teria sido retirada do Túmulo de Aline, no oásis Faiyum, localizado a sudoeste do Cairo. A descoberta foi uma surpresa para os cientistas que não estavam procurando bandagens.
"Foi realmente empolgante porque não esperávamos isso. Isso nunca tinha sido descrito antes", observou Zink.
Aparentemente a ferida estava infetada quando a menina morreu, já que os escaneamentos de tomografia computadorizada mostram sinais de "pus", comentou especialista. Esses sinais de infecção são marcados por setas na imagem.
Escaneamento de múmia de uma criança revela bandagens e ferida cheia de pus.
"É muito provável que eles tenham aplicado algumas ervas ou pomadas específicas para tratar a inflamação desta área", que uma análise mais aprofundada poderia identificar, adicionou Zink.
O especialista disse que não se sabe exatamente por que, neste caso particular, as bandagens foram deixadas no lugar.