O presidente adicionou que a rejeição de Washington em respeitar seus termos mantém o bloqueio para sua restauração.
"O que nós temos visto até agora é a violação das obrigações por parte dos norte-americanos", disse Raisi à RT. Os Estados Unidos "oficialmente violaram o acordo", relembrou ele, referindo-se à decisão da administração Trump de abandonar o tratado, negociado por seu predecessor.
O líder iraniano notou que os parceiros europeus do acordo – França, Alemanha e Reino Unido – "também falharam em cumprir suas obrigações" do acordo por "falta de novas medidas adequadas" para lidar com a saída dos EUA.
"A Agência Internacional de Energia Atômica [IAEA] constatou 15 vezes que o Irã se comprometeu a cumprir suas obrigações", disse. "Portanto, cumprimos as nossas obrigações, mas eles violaram as deles. Eles devem cumprir suas obrigações. Nós não quebramos nada", reiterou.
O acordo nuclear, oficialmente conhecido como o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), foi negociado pela administração Obama em 2015. Teerã concordou em endurecer a supervisão do seu programa de energia nuclear – insistindo que nunca procurou obter armas atômicas, em troca da liberação das sanções impostas pela ONU sob solicitação norte-americana. A administração Trump unilateralmente reimpôs essas sanções em 2018.
Ao tomar posse em janeiro de 2021, o presidente, Joe Biden, disse estar aberto à volta ao JCPOA se o Irã voltar a seguir os compromissos. Em resposta, Teerã disse que Washington é que deve primeiro fazer isso, começando com o cancelamento das sanções.
"Se os lados estiverem prontos para cancelar as sanções, o terreno para chegar a um acordo sobre questões nucleares está absolutamente pronto", destacou Raisi, que assumiu a presidência da República Islâmica em agosto de 2021.