Uma equipe de 30 militares britânicos de elite foi enviada à Ucrânia para treinar as tropas locais no uso de novas armas antitanque, oferecidas por Londres à Ucrânia, informou a Sky News, do Reino Unido.
De acordo com as informações, são 30 membros do Regimento Ranger, formado no final do ano passado como parte da nova Brigada de Operações Especiais do Reino Unido. Eles desembarcaram em Kiev ao lado de 2.000 unidades de lançadores de mísseis antitanque.
A arma que se acredita ter sido enviada por Londres é o MBT NLAW, um sistema de mísseis antitanque produzido pela Inglaterra e a Suécia.
O secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace em Bemowo Piskie em 18 de novembro de 2021. Foto de arquivo
© AFP 2023 / Janek Skarzynski
A remessa veio logo depois que o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, disse ao Parlamento britânico que pretendia fornecer um novo pacote de assistência de segurança à Ucrânia.
"Deixe-me ser claro: este apoio é para capacidades de armas de curto alcance e claramente defensivas. Não são armas estratégicas e não representam uma ameaça para a Rússia", explicou.
A doação de armas ocorre em um momento em que as tensões permanecem altas na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.
Moscou é acusada de enviar 100.000 soldados para a fronteira, com alguns meios de comunicação e autoridades ocidentais sugerindo que uma incursão militar é iminente.
O Kremlin nega repetidamente os planos de invadir a Ucrânia. No mês passado, com o aumento das tensões, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia buscou o canal diplomático.
Foram enviadas propostas aos EUA e à OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) para garantir a segurança da região. As negociações, realizadas nos dias 10 e 12 de janeiro, não conseguiram encontrar os termos para um acordo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, destacou que a Rússia está movendo tropas dentro de seu próprio território e a seu critério.
Para ele, todas as declarações sobre a alegada agressão da Rússia estão sendo usadas como justificativa para a OTAN posicionar mais equipamento militar próximo às fronteiras russas.
A Rússia enfatizou repetidamente que a maior expansão da OTAN para o leste desde 1997, bem como a implantação de armas ofensivas em território ucraniano e em países localizados perto da Rússia, são as "linhas vermelhas" para Moscou, como o presidente russo chamou no mês passado.