Pesquisadores da Universidade de Varsóvia conseguiram descobrir mais de uma dúzia de novos edifícios pertencentes ao complexo de Machu Picchu do Império Inca usando uma tecnologia especial de laser que é cada vez mais usada pelos arqueólogos: lidar.
Usando drones equipados com esses lidars, os arqueólogos conseguiram perfurar a espessa folhagem da selva peruana e detectar as estruturas enterradas na vegetação a apenas 8 km de distância do complexo principal nas franjas externas do local cerimonial Chachabamba.
As novas descobertas incluem um altar de pedra, 14 banhos que se acredita terem sido usados em cerimônias e um complexo sistema de água que os enchia. O local do ritual extraía água do rio Urubamba, nas proximidades, por meio de canais, parte dos quais estava enterrado no subsolo. Os cientistas da Universidade de Varsóvia disseram em seu estudo publicado no Journal of Archaeological Science que a descoberta os ajudou a uma compreensão mais profunda sobre a civilização inca e suas tradições.
"Somente as pessoas mais privilegiadas podiam chegar a Machu Picchu, porque era um lugar especial. Quando você estava indo para lá, você tinha que parar em Chachabamba para um banho espiritual para ficar limpo e puro para visitar Machu Picchu", disse o vice-diretor do Centro de Estudos Andinos da Universidade de Varsóvia, Dominika Sieczkowska.
Os arqueólogos esperam continuar seus estudos do local do ritual escavando algumas das estruturas recém-descobertas. No entanto, eles temem que a pandemia possa atrasar seus planos para isso.