Panorama internacional

Moscou diz esperar provocações dos EUA e Ucrânia nas vésperas dos Jogos Olímpicos de Pequim

Maria Zakharova, representante da chancelaria russa, lembrou como exemplo de provocação o caso de 2008 em que os EUA instaram a Geórgia a entrar na OTAN pouco antes de se iniciar uma guerra com a Rússia.
Sputnik
Moscou espera provocações informacionais e mesmo militares da parte dos EUA e Ucrânia na véspera dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno de 2022 na China, afirmou no sábado (22) Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Zakharova respondeu a um artigo da agência norte-americana Bloomberg, que citava um diplomata da China como dizendo que Xi Jinping, líder da China, teria "pedido" a Vladimir Putin para "não atacar a Ucrânia" durante as competições.
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"Para aqueles que na época acreditavam plenamente na democracia americana, mostro uma notícia de Tbilisi de 9-10 de julho de 2008, justamente um mês antes do começo dos Jogos Olímpicos na China", referiu, citando um artigo em que Condoleezza Rice, então secretária de Estado dos EUA, apoiou a entrada da Geórgia na OTAN.

"Passado um ano, a comissão internacional de investigação das circunstâncias da guerra no sul do Cáucaso de 2008, dirigida por Heidi Tagliavini, criada pela União Europeia [...] no seu relatório de 30 de setembro de 2009, concluiu: foi a Geórgia que iniciou a guerra. Por isso, ficamos à espera de provocações dos EUA e do regime ucraniano liderado por eles, tanto informacionais, como, não podemos excluir, militares. Isso se pode esperar deles, tanto mais que têm grande experiência", sublinhou a representante oficial da chancelaria russa.

A alta funcionária apontou que os artigos da mídia "já não são notícias falsas, são uma operação informacional dos respetivos serviços secretos americanos".
Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno da China terão lugar entre 4 e 20 de fevereiro de 2022, sendo que, nos últimos anos, os EUA falavam sobre boicotar a competição. A administração do presidente norte-americano Joe Biden acabou por decidir realizar um boicote diplomático, ou seja, o governo dos EUA não assistirá aos jogos, mas os atletas do país participarão.
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