Os EUA e outros Estados-membros da OTAN iniciaram uma campanha "tóxica" de acusações falsas a Moscou em resposta às propostas de garantias de segurança da Rússia, comunicou no sábado (22) o Ministério das Relações Exteriores russo.
"Em vez de fazerem uma pausa e se concentrarem em respostas substantivas às questões colocadas nos documentos russos, a Casa Branca e seus aliados ocidentais começaram uma campanha informativo-propagandística altamente tóxica, que apresenta nosso país como 'agressor', 'inimigo da Europa civilizada' e 'ameaça' à estabilidade internacional", comentou o MRE.
Segundo o ministério, desde que a Rússia entregou aos EUA em meados de dezembro os projetos de acordo, Moscou apenas viu "tentativas óbvias de arrastar a discussão dos parâmetros concretos" e dos formatos de acordos.
A declaração do Ministério das Relações Exteriores da Rússia também referiu o chamado "conjunto de dados" publicado pelo Departamento de Estado norte-americano em resposta à suposta desinformação russa sobre a Ucrânia, a qual Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, já comentou ser "impossível de ler", e cujo conteúdo é facilmente desmascarado.
"Aliás, a própria publicação pelo Departamento de Estado de tais 'recomendações metodológicas' logo antes de negociações de Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Federação da Rússia, com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, em Genebra, não pode ser chamada senão de provocação", acrescentou o órgão do governo russo.
Moscou demanda garantias de segurança para contrariar a expansão da OTAN aos países do antigo Bloco de Varsóvia, incluindo as ex-repúblicas soviéticas, com o governo russo considerando inaceitável a colocação de mísseis, tropas, exercícios ou armas nucleares na proximidade de suas fronteiras, algo que pretende ser mútuo nos projetos de acordo publicados em dezembro de 2021.