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NYT: EUA atacaram em 2017 por acidente barragem na Síria, o que poderia ter levado a catástrofe

Washington conduziu em março de 2017 um ataque aéreo contra uma barragem síria com bombas de grande potência, escreve o jornal The New York Times.
Sputnik
Uma unidade de drones de Operações Especiais dos EUA realizou em 26 de março de 2017 por engano um ataque aéreo contra a barragem síria de Taqba, localizada no rio Eufrates, relata na quinta-feira (20) o jornal The New York Times (NYT).
Uma das fontes indicou que bombas pesando até 907 kg foram usadas pela Força-Tarefa 9 no ataque à área, que ainda era controlada pelo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). A barragem estava na lista "não atacar" após um relatório militar dos EUA ter mostrado que sua destruição poderia levar a enormes consequências negativas.
"A destruição seria inimaginável. O número de baixas excederia o número de sírios que morreram durante a guerra", estimou um ex-diretor da barragem ao NYT.
Esse cenário acabou por ser evitado devido a uma combinação de grande sorte e de perícia dos engenheiros locais, explicaram as fontes do jornal. Eles disseram que uma bomba não detonada foi extraída com segurança pelos trabalhadores. O dano que ocorreu foi então reparado pelos engenheiros, com os combatentes dos dois lados concordando em realizar um cessar-fogo temporário para isso, diz o NYT.
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Embora o Comando Central dos EUA não tenha respondido oficialmente à notícia, um porta-voz disse à mídia que os ataques aéreos norte-americanos eram limitados às torres operacionais próximas à barragem. No entanto, as fontes do NYT discordaram da análise, afirmando que a própria barragem sofreu um dano significativo. O nível d'água do reservatório teria subido em 15 metros após os ataques e quase transbordado.
Forças dos EUA continuam destacadas na Síria, apesar de Damasco não ter autorizado uma presença militar do país norte-americano. Os EUA têm realizado ataques aéreos contra o Daesh e Damasco, apesar de não possuírem mandato da ONU para isso. O governo sírio e a Rússia, sua principal aliada na luta contra militantes terroristas locais, têm condenado repetidamente as ações de Washington e a continuação das operações militares na Síria.
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