A Marinha dos EUA deteve um navio no golfo de Omã transportando uma carga para rebeldes houthis em Iêmen, anunciou no domingo (23) a 5ª Frota do ramo militar norte-americano.
A Marinha dos EUA disse que o USS Cole, um destróier de mísseis guiados, e o USS Chinook, um navio de patrulha, teriam parado e revistado na terça-feira (18) uma embarcação "apátrida" a caminho do país árabe assolado pela guerra.
Foram encontradas escondidas a bordo 40 toneladas de ureia fertilizante, conhecida como ingrediente-chave para fabricação de dispositivos explosivos improvisados, de acordo com a declaração da Marinha norte-americana, que referiu o Irã como local de partida.
Teerã ainda não comentou esta declaração.
Também no domingo (23), funcionários britânicos afirmaram que um navio da Marinha Real do Reino Unido capturou drogas ilegais valendo cerca de US$ 25 milhões (R$ 136,47 milhões) de um barco que navegava no golfo de Omã em 15 de janeiro, escreve a agência norte-americana Associated Press. A proveniência e destino do carregamento não foram revelados.
Em dezembro de 2021 militantes houthis lançaram um grande ataque de mísseis e drones em instalações militares e petrolíferas da Arábia Saudita. Segundo um porta-voz houthi, a investida visou locais como o Ministério da Defesa, o Aeroporto King Khalid, a Base Aérea King Fahd em Taif e a empresa Aramco em Jeddah, além de outros locais militares.
Iêmen tem sido devastado por um conflito de sete anos entre as forças governamentais lideradas pelo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi e o movimento houthi Ansar Allah. A situação se complicou ainda mais depois que a Arábia Saudita entrou no conflito ao lado do governo iemenita em 2015, lançando operações aéreas, terrestres e marítimas contra o movimento houthi.