O embaixador da Rússia nos EUA, Anatoly Antonov, rejeitou as suposições que correm nas mídias sociais indicando que Moscou estava evacuando sua embaixada em Washington em razão da situação na Ucrânia. Segundo ele, as ilações são uma "mentira absoluta".
"Todos nós em Washington, Nova York e Houston estamos trabalhando como de costume. A embaixada não recebeu nenhuma instrução de Moscou, nem do Departamento de Estado dos EUA [para desocupar o prédio]", disse Antonov.
O embaixador disse em entrevista nesta segunda-feira (24) que a embaixada foi inundada por comentários dos meios de comunicação norte-americanos, que veicularam a possibilidade das autoridades russas deixarem Washington.
Mais cedo, os EUA, o Reino Unido e a Austrália anunciaram que reduziriam o seu pessoal nas suas embaixadas na Ucrânia, em particular evacuando as famílias dos diplomatas. De acordo com as autoridades dos países, a retirada foi motivada por tensões contínuas em torno da Ucrânia.
A decisão de remover diplomatas acontece no mesmo dia (24) em que a OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) informou que os países aliados estão de prontidão e vão enviar mais navios e caças para a região.
Em comunicado, a aliança militar informou que a Dinamarca está enviando fragatas para a região do Báltico, e também está preparada para enviar caças F-16 à Lituânia. A Espanha também está fortalecendo a força naval da OTAN e a Holanda confirmou a chegada de aeronaves F-35 na Bulgária em abril.
Nos últimos dois meses, os países ocidentais expressaram temores de que a Rússia esteja planejando invadir a Ucrânia, situação que Moscou nega reiteradamente, pedindo inclusive ao Ocidente que pare de especulações imprudentes.
Enquanto o Kremlin defende o direito de mover suas Forças Armadas dentro de seu território como bem entender, os EUA e seus aliados europeus estão atualmente envolvidos em negociações sobre como responder em caso de "invasão" russa.