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Governo prevê nova usina nuclear em operação no Brasil em 2031

Divulgado nesta segunda-feira (24), o Plano Decenal de Energia (PDE) do Ministério de Minas e Energia prevê a construção de uma nova usina nuclear no país, com início de operação prevista para 2031.
Sputnik
O governo de Jair Bolsonaro planeja a construção de uma nova usina nuclear no Brasil, com início de operação prevista para 2031. As informações constam no PDE, documento que serve de base para o planejamento estratégico do setor.
Embora o governo não indique o local de construção da nova usina, o PDE afirma que ela ficará no sudeste ou no centro-oeste. A informação confirma uma entrevista do ministro Bento Albuquerque em dezembro do ano passado.
Na ocasião, ele disse para um canal de televisão que o estado do Rio de Janeiro é um "forte candidato" a receber a quarta usina de energia nuclear do Brasil.
A previsão oficial é que a nova usina tenha capacidade de gerar 1 gigawatt (GW) de energia, o suficiente para abastecer uma cidade com 1,5 milhão de habitantes.
No PDE, o governo argumenta que o país é privilegiado também na oferta de urânio, combustível necessário para as usinas nucleares, e domina toda a tecnologia do ciclo desde a mineração até a montagem.
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Com duas usinas (Angra 1 e 2, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro), a matriz nuclear responde atualmente por menos de 3% de toda a energia gerada no país.
Com relação à usina nuclear de Angra 3, de 1,405 GW, a expectativa do governo é que o projeto inicie a operação comercial em novembro de 2026, com a planta em plena capacidade no ano seguinte.
A construção de Angra 3 parou depois de denúncias de corrupção e por conta da deterioração do cenário fiscal. Agora, o governo busca parceiros e uma forma de fazer com que a obra seja retomada.
A construção de usinas nucleares sempre esteve nos planos do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que é um entusiasta do setor. Mas, até agora, não havia formalização da construção de uma nova usina no médio prazo, escreve o jornal O Globo.
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A exploração de urânio, combustível das usinas nucleares, é monopólio da União, e isso representa um entrave para a construção dessas usinas no Brasil. Porém, Bento Albuquerque quer rever essa lei.
Para isso, será preciso aumentar a exploração de urânio, que hoje só é permitida à iniciativa privada se houver outro mineral associado em grande volume, como acontece em Santa Quitéria, no Ceará.
O ministro Bento Albuquerque já sinalizou interesse em quebrar o monopólio da União na exploração da energia nuclear, mas para isso será preciso mudar a Constituição.
O Plano Decenal de Energia estima ainda que a capacidade instalada para geração de energia elétrica aumentará 37% nos próximos dez anos, alcançando 275 gigawatts (GW) em 2031, com as fontes eólica e solar ganhando espaço, enquanto a hídrica terá sua fatia reduzida a menos de 50%. O documento prevê que o parque gerador nacional passará dos atuais 200 GW para 275 GW em 2031.
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