O naufrágio é de difícil acesso por conta da grande profundidade, um mergulhador com equipamento comum só conseguiria ver os escombros por alguns minutos, mas além disso o submarino é considerado um "túmulo de guerra" e por isso é protegido por lei.
O submarino japonês naufragou em janeiro de 1942
© Foto / John McCarthy CC_3.0
A boa notícia é que mesmo quem não é mergulhador, já pode fazer um passeio virtual pelo naufrágio.
"Com base em nossos dados, informações históricas de navios e fotografias, criamos uma experiência de mergulho virtual em que o vídeo leva o espectador pelo processo de coleta de dados e, em seguida, te leva às profundezas, para ter a experiência de ver o naufrágio em primeira mão", explicou o arqueólogo da Universidade Flinders, na Austrália, John McCarthy, em reportagem da Live Science.
O vídeo pode ser acessado pelo celular, pelo monitor de um computador normal, mas a experiência só é completa utilizando os óculos de realidade virtual. Por enquanto a atração só está disponível com narração em inglês e japonês.
O submarino
O I-124 foi construído no final da década de 1920 para a Marinha Imperial do Japão. O submarino era uma variação de um modelo alemão. Durante a guerra, o trabalho da embarcação era plantar minas e derrubar navios inimigos. O submarino foi interceptado e destruído por forças australianas no dia 20 de janeiro de 1942, após uma longa batalha.
Submarino japonês pode ser visitado com a ajuda da realidade virtual
© Foto / John McCarthy CC_3.0
Mas não é aqui que termina a história do I-124, de acordo com o Museu Marítimo da Austrália Ocidental, em 1972 um grupo de "caçadores de tesouro" tentaram acessar o naufrágio, para retirar e vender partes do submarino. Foi a partir daí que a Marinha da Austrália anunciou o naufrágio como "túmulo de guerra", limitando o acesso de mergulhadores e proibindo a retirada de qualquer material.