A posição de Washington foi anunciada pelo porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, durante uma coletiva de imprensa.
"Estamos cientes dos relatos de que o presidente de Burkina Faso foi detido por membros das Forças Armadas do país", disse Price. "Pedimos a libertação imediata do presidente Kaboré e outros funcionários do governo e que os membros das forças de segurança respeitem a Constituição e a liderança civil de Burkina Faso", acrescentou.
Os cidadãos dos EUA no país foram aconselhados a se abrigar e monitorar as notícias após a implementação de um toque de recolher obrigatório em meio a uma situação que segue instável no país.
Homem mostra bandeira burquinense em apoio aos militares do país, que prenderam o presidente Marc Kaboré, em Burkina Faso, 24 de janeiro de 2022
© REUTERS / Vincent Bado
Na segunda-feira (24), rebeldes militares marcharam até o prédio da emissora estatal do país em Ouagadougou para fazer uma declaração de que assumiram o país e que pretendem se manter comprometidos com as obrigações internacionais.
Os militares anunciaram na declaração transmitida pela emissora que o presidente Marc Kaboré foi removido do poder devido à deterioração da segurança no país. Os militares exigem mais apoio do governo para lutar contra militantes islâmicos. Conforme publicou a agência Reuters, Kaboré foi detido em um acampamento de militares amotinados.