A declaração foi publicada em um comunicado pela missão russa em seu site, apontando contradições no discurso e na posição de Washington e de seus aliados da OTAN em relação à crise envolvendo acusações contra a Rússia em relação à Ucrânia.
"Em vez de manifestar apoio à Resolução 2202 do Conselho de Segurança [da ONU], que aprovou o Pacote de Medidas de Minsk como base jurídica internacional para o acordo e impôs a Kiev uma série de obrigações das quais ela tenta escapar há vários anos, os norte-americanos preferem difundir mentiras descaradas", disse.
Desde dezembro do ano passado, a diplomacia norte-americana tem acusado Moscou de planejar uma invasão à Ucrânia devido a movimentações de tropas russas na fronteira entre os países.
As acusações são negadas pelo Kremlin, que ressalta preocupações de segurança devido ao avanço da OTAN na região. Segundo declaração da missão russa na ONU, Washington tem lançando "histeria" em torno da crise na Ucrânia.
"Um exemplo vívido da linha destrutiva dos EUA, quando em vez de diálogo e busca de um terreno comum, expressa uma posição tendenciosa que nada tem a ver com a realidade, é a histeria em torno da Ucrânia, que está sendo promovida por Washington", diz o documento.
Projétil no posto de controle Dolzhansky na fronteira da região de Lugansk da Ucrânia com a Rússia (foto de arquivo)
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/ Ucrânia foi 'inundada' com armas da OTAN e dos EUA
O comunicado da missão russa na ONU também aponta que a Ucrânia recebeu grande quantidade de armas e "incontáveis" conselheiros da OTAN e dos EUA, demonstrando preocupação em relação a esses desdobramentos.
O documento ressalta ainda que tais agentes buscam difundir "russofobia" entre os ucranianos e países da região através de acusações que apontam as movimentações das tropas russas como a "raiz de todos os problemas". Para a missão russa, os EUA se esquecem de apontar que tais movimentações de tropas ocorrem em território russo.
"Isso contrasta com a presença de armas norte-americanas e da OTAN e inúmeros conselheiros que inundaram a Ucrânia e alguns outros Estados próximos às fronteiras russas. Também não há explicação para o que a Marinha norte-americana, aumentando a tensão na região do mar Negro, está fazendo perto da costa russa", diz o comunicado.