Ciência e sociedade

Cientistas determinam fonte extraterrestre de atividade tectônica na Terra

Um estudo realizado por pesquisadores nos EUA determinou que os corpos celestes no Sistema Solar e a rotação da Terra explicam a movimentação das placas tectônicas no nosso planeta.
Sputnik
As placas tectônicas da Terra se movem devido à força gravitacional do Sol, da Lua e da Terra, sugere um estudo publicado na revista GSA Special Papers.
Como explica o comunicado de sexta-feira (21) da Universidade de Washington em St. Louis, a localização do baricentro, o centro de massa de um sistema de corpos celestes orbitais, neste caso da Terra e da Lua, muda em até 600 quilômetros no espaço de um mês. Isso acontece devido à órbita elíptica da Lua em torno de nosso planeta, influenciada pela força gravitacional do Sol.

"Por causa de o baricentro oscilante se localizar cerca de 4.600 quilômetros do geocentro [centro da massa de um corpo celeste, no caso a Terra], a aceleração orbital tangencial da Terra e a atração solar são desequilibradas exceto no baricentro", disse Anne Hofmeister, geofísica da Universidade de Washington em St. Louis.

"As camadas interiores quentes, grossas e fortes do planeta podem resistir a estas tensões, mas sua litosfera fina, fria e frágil responde fraturando", explicou ela.
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O fenômeno é acentuado com a rotação da Terra em torno do seu eixo, tornando ligeiramente mais achatada a superfície esférica e agravando o movimento das placas tectônicas. Todos esses fatores, que fazem girar a litosfera e o manto superior sólidos com velocidades diferentes, acontecem devido ao tamanho da Lua e à distância exata entre a Terra e o Sol. Assim, não foi possível descobrir uma interação semelhante em outros corpos celestes, tendo Plutão as características mais próximas.
"Sugerimos que as placas tectônicas resultam de dois processos gravitacionais diferentes, mas que interagem. Sublinhamos que o calor interior da Terra é essencial para criar a camada limite térmica e física conhecida como litosfera, o seu derretimento basal, e a zona subjacente de baixa velocidade", indicam os autores da pesquisa.
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