"Em 26 de janeiro, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko, recebeu o embaixador dos EUA, John Sullivan, a pedido deste último. Na reunião, o chefe da missão diplomática dos EUA entregou a Grushko a resposta por escrito do governo norte-americano sobre o projeto de tratado bilateral com garantias de segurança, apresentado anteriormente pelo lado russo", escreveu a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, no Telegram.
Segundo a porta-voz da OTAN, Oana Lungescu, o secretário-geral da organização militar, Jens Stoltenberg, deve realizar uma coletiva de imprensa, conforme noticiou a agência Bloomberg.
A resposta dos EUA contempla pontos que Washington se diz disposta a negociar com Moscou, incluindo o controle de armas e maior transparência, de acordo com informações da CNN.
Na terça-feira (25), a Casa Branca informou que os EUA não vão tornar pública a carta. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, garantiu que manterá o documento em sigilo, caso haja o pedido dos EUA.
Anteriormente, autoridades russas haviam indicado que as propostas de segurança deveriam ser consideradas como um pacote e que os EUA e a OTAN não poderiam escolher ou excluir determinados pontos.
As sugestões foram feitas em meados de dezembro pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O país propôs que ambos os lados reduzissem significativamente atividades que pudessem ser percebidas como ameaçadoras para a outra parte, exigindo que a Ucrânia e outras repúblicas que integraram a União Soviética sejam mantidas fora da OTAN.
Os tratados abrangentes exigem garantias escritas legalmente vinculativas pela Rússia de um lado, e pelos EUA e pela OTAN, por outro, para não implantar tropas, aeronaves, navios de guerra e sistemas de mísseis em áreas onde possam ser considerados uma ameaça à segurança nacional do outro lado.
As propostas também exigem restrições firmes à implantação de armas nucleares russas e norte-americanas no exterior. Os EUA e a OTAN também são convidados a assumir vários compromissos unilaterais, incluindo a promessa de não continuar a expansão da OTAN para o leste, e descartar quaisquer planos do bloco para incorporar a Ucrânia e a Geórgia..
A aliança ocidental também é solicitada a não implantar tropas adicionais e sistemas de armas no território daqueles membros da OTAN que se juntaram após o fim da Guerra Fria.