Panorama internacional

EUA esperam recuperar F-35 que caiu no mar antes que China o resgate

Militares norte-americanos falaram à Reuters e à CNN, explicando que um avião de quinta geração caiu do convés de um porta-aviões durante exercícios militares e contaram o que esperam agora acontecer.
Sputnik
A Marinha dos EUA afirmou estar procurando um caça F-35 que caiu no mar do Sul da China, informou nesta quarta-feira (26) a agência britânica Reuters.
Como explicou na segunda-feira (24) a Marinha norte-americana, um F-35C sofreu um "acidente no convés enquanto o [porta-aviões] USS Carl Vinson (CVN 70) conduzia operações de voo de rotina no mar do Sul da China". O piloto se ejetou e foi resgatado, mas o avião ainda não foi encontrado.
"Posso confirmar que a aeronave impactou o convés de voo durante aterrissagem e caiu subsequentemente na água", relatou na terça-feira (25) à Reuters o tenente Nicholas Lingo, porta-voz da 7ª Frota dos EUA.
Com Pequim reivindicando quase todo o território do mar do Sul da China, Lingo foi questionado sobre a possibilidade de o país asiático resgatar o avião e se apoderar da tecnologia.
"Não podemos especular sobre que intenções a RPC [República Popular da China] tem neste assunto", respondeu ele.
Até agora a China apenas mencionou "mídia estrangeira" para se referir ao incidente, mas Carl Schuster, ex-diretor de operações no Centro de Inteligência Conjunto do Comando do Pacífico dos EUA no Havaí, sugeriu à emissora CNN a possibilidade de Pequim reivindicar os direitos de salvamento da aeronave usando "submarinos e um de seus submersíveis de mergulho profundo", apesar de crer que tal passo pode piorar as tensões com Washington.
Na opinião do ex-capitão da Marinha norte-americana, a China se limitará a observar o resgate do avião à distância. No entanto, é esperado que as embarcações de salvamento dos EUA demorem 10 a 15 dias a chegar ao local do incidente e a operação pode demorar até quatro meses a completar. Schuster rejeitou também a possibilidade de destruir o que resta do F-35, considerando que mesmo os restos espalhados no mar poderiam ser úteis do ponto de vista da inteligência.
Na época do incidente os porta-aviões USS Carl Vinson e USS Abraham Lincoln estavam conduzindo exercícios militares em conjunto com outros navios e aviões, sendo a política declarada dos EUA "apoiar um Indo-Pacífico livre e aberto".
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