A missão da espaçonave era colocar em órbita um satélite para monitorizações climáticas da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, que foi bem sucedida.
O problema foi que o segundo estágio do foguete ficou em uma espécie de limbo. O meteorologista e escritor Eric Berger disse, em um artigo no Ars Technica, que o Falcon 9 ficou sem combustível para voltar à Terra e sem energia suficiente para escapar da força gravitacional entre a Lua e a Terra.
"Ele [o foguete Falcon 9] tem estado seguindo uma órbita caótica desde fevereiro de 2015", disse Berger.
A previsão dos especialistas é que o foguete, que pesa cerca de quatro toneladas, venha a se chocar com a superfície lunar a uma velocidade de 9.288 km/h.
O astrofísico da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Jonathan McDowell, classificou o possível choque do lixo espacial com a Lua como "nada de muito importante".
Para os que estão perguntando: sim, o segundo estágio de um velho Falcon 9 que ficou em órbita alta em 2015 vai se colidir com a Lua no dia 4 de março. É interessante, mas nada de muito importante.
Os especialistas na verdade estão animados com a possibilidade de a espaçonave colidir com a Lua. Ao se chocar com o nosso satélite natural, o Falcon 9 vai gerar um tipo de perfuração, que pode liberar o acesso a substâncias nunca antes vistas no solo lunar.
O responsável pelo Projeto Pluto, que rastreia objetos perto da Terra (NEO, na sigla em inglês), Bill Gray, também calcula que a espaçonave vai se chocar com a Lua no dia 4 de março.
"Este será o primeiro caso acidental [de colisão entre lixo espacial e a Lua] que eu saiba", afirmou Gray.
Em 2009 a NASA deliberadamente deixou que um foguete se chocasse com a Lua, justamente para depois poder coletar e estudar novos materiais da superfície lunar.