Após declarações de Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, Joe Biden, presidente dos EUA, também disse que não há planos de destacar militares na Ucrânia.
"Não temos intenções de colocar forças americanas ou forças da OTAN na Ucrânia [...] Não haverá quaisquer forças americanas se deslocando à Ucrânia", relatou Biden em uma visita de terça-feira (25) a uma recém-aberta loja de presentes perto do Capitólio em Washington, EUA.
Ao mesmo tempo, o presidente norte-americano advertiu para as consequências de um conflito na Ucrânia.
"Haverá consequências enormes se ele [Vladimir Putin, presidente da Rússia] avançar e invadir [...] todo o país [Ucrânia] ou também muito menos que isso."
"Para a Rússia, não só em termos de consequências econômicas e consequências políticas, mas também [haverá] enormes consequências mundiais. Esta seria a maior, se ele [Putin] avançar com todas essas forças, seria a maior invasão desde a Segunda Guerra Mundial. Ela mudaria o mundo", afirmou.
Biden acrescentou que consideraria sancionar Putin diretamente se a Rússia "invadir" a Ucrânia.
"Sim, trataria disso", assegurou ele após ser questionado se pensaria em fazê-lo em caso de uma alegada invasão.
O presidente dos EUA declarou que as tensões russo-ucranianas dependem das decisões do presidente russo, que, na opinião de Biden, ainda não decidiu se pretende avançar na Ucrânia.
Na terça-feira (25) Stoltenberg revelou em entrevista à emissora CNN que a OTAN não enviará tropas à Ucrânia, apesar de na segunda-feira (24) ele ter destacado navios e aviões a países do Leste Europeu. Kiev também tem recebido grandes lotes de armamentos de países da Aliança Atlântica, e líderes ocidentais continuam ameaçando a Rússia com sanções caso invada seu vizinho.
Nos últimos meses aumentaram as tensões em torno da Ucrânia, com o Ocidente e Kiev acusando a Rússia de planejar uma invasão. Moscou rejeita essa ideia, indicando que tem todo o direito de movimentar tropas dentro do território de seu país e indica que as afirmações são um pretexto para a OTAN encobrir sua militarização das fronteiras perto da Rússia, incluindo na Ucrânia, apesar de ela não ser um Estado-membro.
A Rússia também adverte contra o armamento de Kiev pelos países ocidentais, apontando que isso pode encorajar ataques às repúblicas autoproclamadas russófonas na região de Donbass.