"Como parceiros na OTAN, nós compartilhamos laços estreitos, especialmente nas condições da crise atual", disse a ministra durante coletiva de imprensa com seu colega holandês, Wopke Hoekstra. "A proteção da independência e integridade territorial da Ucrânia permanece nosso objetivo comum, sem quaisquer 'mas' e precondições. Qualquer outra agressão da Rússia contra a Ucrânia terá consequências graves de caráter político, estratégico e, ao mesmo tempo, econômico e financeiro."
A diplomata acrescentou que os países do Ocidente "estão fazendo um trabalho preparativo" a respeito disso. Contudo, Baerbock ressaltou que eles "desejam e precisam de um diálogo sério com a Rússia com base em compromissos internacionais". "Porque apenas por um meio político é possível atingir a desescalada", constatou.
Na opinião dela, o Ocidente deve manter sua unidade e resistir "às tentativas de fora, destinadas a nos dividir". A ministra sublinhou ainda que a Alemanha está apoiando a Ucrânia economicamente, sendo o maior doador do país, bem com prestando ajuda com lotes de vacinas e com prorrogação do trânsito do gás russo.
O ministro holandês, por sua parte, notou que os países ocidentais devem demostrar à Rússia, de forma muito clara, que os lados "devem continuar o diálogo, mas ao mesmo tempo que nós não vamos tolerar a violação da soberania ucraniana".
Nas últimas semanas, o Ocidente tem acusado ativamente a Rússia de preparar "uma invasão" da Ucrânia, denunciando a concentração de tropas russas ao longo da fronteira do país vizinho. Moscou nega todas as denúncias, ressaltando que está deslocando tropas dentro do seu território. O Kremlin e o MRE russo reiteraram por várias vezes que o objetivo das notícias falsas "sobre agressão" é aumentar o agrupamento militar da Aliança Atlântica perto das fronteiras russas.