No dia 19 de janeiro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disse que faria reunião para discutir o uso do Telegram durante as eleições no país, conforme noticiado.
Nesta quinta-feira (27), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), ao responder aos apoiadores na saída do Palácio do Planalto que o indagaram sobre a possível proibição do aplicativo, respondeu que "é uma covardia o que estão querendo fazer com o Brasil", segundo a Folha de São Paulo.
Em seguida, uma apoiadora completou a fala do presidente: "[uma covardia] cortarem nossa comunicação". Bolsonaro foi cirúrgico na resposta e só afirmou: "A gente está tratando disso".
O TSE julga preocupante o uso do aplicativo durante o período eleitoral, uma vez que pode ajudar a proliferar a ação das chamadas "milícias digitais".
Ao mesmo tempo, o tribunal nunca obteve resposta do Telegram (que não tem sede no Brasil) em seguidas e frustradas tentativas de contato com a plataforma, especialmente para tratar de assuntos relacionados às investigações sobre disseminação de fake news, o que corrobora à análise de seu bloqueio.
No dia 16 de dezembro do ano passado, o presidente do TSE, Luiz Roberto Barroso, enviou um ofício ao Telegram, direcionado ao diretor executivo do aplicativo, Pavel Durov. No texto, o ministro solicitou uma reunião para discutir possíveis formas de cooperação sobre o combate à desinformação, mas segundo a mídia, não obteve resposta.
Além do TSE, o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal também já tentaram contato com a plataforma em mais de uma ocasião ao longo de 2021.