Os EUA, em suas respostas sobre as garantias de segurança, não falaram sobre deixar de expandir a OTAN no Leste Europeu, afirmou Lavrov.
"Sobre a questão principal nesse documento não há uma reação positiva. A questão principal é a nossa posição clara sobre a inadmissibilidade do avanço da expansão da OTAN no Leste Europeu e a instalação de armas ofensivas que podem ameaçar o território da Rússia", ressaltou Lavrov.
Além disso, o ministro enfatizou que os EUA ignoraram conscientemente o princípio da indivisibilidade da segurança, quando a existência pacífica de um Estado não pode ser obtida através da criação de ameaças a outro.
"Vale ressaltar que, quando nossos colegas ocidentais reagem às nossas propostas [...] eles sempre apelam à aplicação dos princípios acordados [...] no Euro-Atlântico [...] Eles imediatamente dizem que isso significa que a OTAN tem o direito de se expandir e ninguém tem o direito de proibir-lhe", destacou.
Na quarta-feira (26), Washington e Bruxelas entregaram por escrito a resposta às propostas de Moscou.
Anteriormente, as autoridades russas haviam indicado que as propostas de segurança deveriam ser consideradas como um pacote, e que os EUA e a OTAN não poderiam escolher ou excluir determinados pontos.
As sugestões foram feitas em meados de dezembro pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O país propôs que ambos os lados reduzissem significativamente atividades que pudessem ser percebidas como ameaçadoras para a outra parte, exigindo que a Ucrânia e outras repúblicas que integraram a União Soviética sejam mantidas fora da OTAN.