"Cuba, a Venezuela são países próximos, nossos parceiros, países que têm uma política externa independente. Mas estes são países totalmente soberanos. Não podemos colocar nada em seu [território], simplesmente porque isso deve estar em linha com seu posicionamento geopolítico, com seus próprios interesses nacionais", disse ele.
Havana e Caracas querem sair do isolamento e estabelecer relações normais com os Estados Unidos, acrescentou Medvedev.
"Portanto, está fora de questão colocar ou estabelecer qualquer base, tal como foi feito durante o período soviético, quando tínhamos uma infraestrutura militar comum com uma série de países baseada em uma ideologia comum", explicou o vice-presidente do Conselho de Segurança.
Além disso, segundo ele, as conversações sobre este tema fazem aumentar a tensão no mundo.
"Nós realmente temos certos acordos com alguns Estados sobre a presença de nossas tropas lá, com a Síria por exemplo [...]. Mas não nos precipitaremos dizendo que queremos uma base ali ou chegamos a um acordo sobre isso, tal é totalmente errado", concluiu Medvedev.
Na semana passada, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, indicou que, na situação atual, a Rússia está ponderando em como garantir sua própria segurança, mas, no que diz respeito à possível implantação de infraestrutura militar russa em Cuba e na Venezuela, não nos podemos esquecer que se trata de países soberanos.