Segundo os dados da associação que representa os interesses dos operadores europeus de infraestrutura de gás (Gas Infrastructure Europe), no dia 25 de janeiro as reservas de gás nos depósitos subterrâneos europeus estavam a um nível 26,9% inferior ao do ano passado.
Foram extraídos mais de três quartos do volume de gás bombeado para os reservatórios durante o verão (no Hemisfério Norte). Em 25 de janeiro, a extração do gás atingiu 75,9%, ou 36,3 bilhões de metros cúbicos, informa a publicação da empresa russa.
Assim, o volume de gás nas instalações caiu no total e em média para 40,9%, enquanto na França e Alemanha para 39%.
A partir de 11 de janeiro, o nível de gás nos depósitos europeus caiu para os índices mais baixos desde há muitos anos. Em 25 de janeiro, havia menos 2,24 bilhões de metros cúbicos em comparação com o mínimo anterior.
O preenchimento das instalações na Ucrânia também diminuiu para 11,8 bilhões de metros cúbicos, o que representa menos 45,4% do que no ano passado.
Contudo, os preços do gás na Europa continuam batendo recordes. Eles começaram a crescer de forma acentuada desde meados do ano passado e, em dezembro, os contratos futuros atingiram o máximo: mais de US$ 2.100 (R$ 11.410) por mil metros cúbicos.
Depois houve um certo retrocesso, mas o preço do gás permanece alto: aproximadamente US$ 1.000 (R$ 5,43 mil) por mil metros cúbicos. De acordo com especialistas, além dos baixos volumes existentes nas instalações de gás europeias, isso também é resultado de uma oferta reduzida por parte dos principais fornecedores, bem como da alta demanda de gás liquefeito na Ásia.
As autoridades dos países da Europa têm acusado a Rússia de provocar a crise energética na região. O presidente russo Vladimir Putin qualificou tais declarações de absurdas. Putin relembrou que propôs a Bruxelas manter os contratos de longo prazo para as entregas de gás, mas a Comissão Europeia insistiu na formação de preços de mercado, o que acabou por levar à crise.