Os autores do artigo consideram que as medidas restritivas contra Moscou poderiam se tornar um abalo para as economias dos países desenvolvidos, especialmente as nações europeias, e ameaçar a estabilidade do sistema financeiro mundial.
"As sanções extremamente severas que as autoridades dos EUA ameaçam impor à Rússia podem levar à alta inflação, ao colapso do mercado de ações e a outras formas de pânico financeiro. Elas [sanções] vão causar dano aos próprios americanos – de bilionários a funcionários públicos e famílias de classe média", aponta a publicação.
O artigo sugere que assim a situação da economia mundial poderia deteriorar-se ainda mais. Rússia pode tomar contramedidas – por exemplo, "limitar o fornecimento de gás à Europa".
O jornal americano criticou também a retórica de Washington, já que antes ninguém tentou impor sanções extensas contra economias tão grandes como a da Rússia.
Os países ocidentais ameaçam a Rússia com "sanções sem precedentes" no caso de uma escalada do conflito na Ucrânia.
Segundo informou a Reuters citando outras fontes oficiais da Casa Branca, restrições podem afetar instituições financeiras, aviação, navegação marítima comercial, robótica, inteligência artificial, computação quântica e indústria de defesa.
Anteriormente, Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, disse que sanções nunca ajudaram a resolver problemas.
"Potencialmente, sanções deste tipo podem levar ao rompimento das relações entre nossos países, o que não vai corresponder nem aos interesses de Moscou, nem aos de Washington", observou.
Peskov sublinhou que os EUA obrigam a Rússia a viver sob sanções, mas o país responde a isso com desenvolvimento da produção nacional e da economia para compensar o déficit de peças importadas.