"Jatos rápidos, navios de guerra e especialistas militares poderiam ser enviados para proteger os aliados da OTAN", detalha Downing Street (gabinete do primeiro-ministro) em comunicado publicado neste sábado (29), acrescentando que o Reino Unido está "considerando opções para dobrar o número de tropas e enviar armas defensivas para a Estônia".
O governo britânico indicou que a sua proposta de envio militar extra para a OTAN ocorre "diante da crescente agressão russa" e poderia reforçar as defesas da OTAN e "confirmar o apoio do Reino Unido aos parceiros nórdicos e bálticos".
"Ordenei às nossas Forças Armadas que se preparem para se posicionar em toda a Europa na próxima semana, garantindo que somos capazes de apoiar nossos aliados da OTAN em terra, no mar e no ar", enfatizou Johnson, conforme citado no comunicado.
Gabinete do primeiro-ministro aponta que Johnson solicitou na terça-feira (25) ao chefe do Estado-Maior da Defesa, almirante Tony Radakin, para informar os ministros sobre a situação na Ucrânia. Entretanto, o secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, viajará para a Hungria, Eslovênia e Croácia para reuniões na próxima semana.
Países ocidentais têm acusado a Rússia desde 2021 de aumentar as tensões em torno da Ucrânia, mas Moscou responde que essas acusações têm o objetivo de encobrir as mobilizações militares por parte da própria OTAN, incluindo na cooperação com Kiev.
O Kremlin diz que a movimentação de tropas russas dentro de suas próprias fronteiras não deve ameaçar ninguém e propõe reduzir as tensões através da diminuição da atividade militar na proximidade entre a Rússia e a OTAN, incluindo com uma não expansão da aliança.