Nesta segunda-feira (31), começa a ser implementado na Polícia Militar de São Paulo um conjunto de novas câmeras corporais que permitirá o envio de reforços a policiais em situações de confronto, mesmo que os policiais não consigam avisar sobre a ocorrência, segundo a Folha de São Paulo.
Isso acontecerá porque as câmeras terão um sistema que permite o reconhecimento do barulho de disparos de armas de fogo, acionando automaticamente o Centro de Operações da PM (Copom) e alertando sobre a possibilidade de haver equipe em situação de emergência.
"O pessoal do Copom, ao visualizar o alerta, aciona a COP [câmera corporal] do PM, o georreferenciamento [localização], já avisa às outras viaturas que aquela equipe está em situação de disparo de arma de fogo, e encaminha o reforço para o local", disse o porta-voz da PM, o major Rodrigo Cabral, citado pela mídia.
Ainda de acordo com o oficial, essa tecnologia dará ao comando uma melhor "consciência situacional" da ocorrência, ao permitir que o operador se coloque na cena do crime e observe detalhes que o PM envolvido no confronto não consegue.
Os cerca de 2.500 novos equipamentos incorporados ao programa Olho Vivo, têm a tecnologia "grava-tudo" a qual permite transmissão ao vivo das imagens das câmeras acopladas na farda de policiais. O equipamento também passa a gravar em alta definição e com som, para melhorar a prova a ser utilizada em eventual investigação.
"Eu vejo que o PM está efetuando disparos contra um suspeito de moto. Também vejo que o cara da moto está de camiseta vermelha, coisas que o policial militar, muitas vezes, pelo nervoso do momento, não consegue informar. Ele não consegue informar a rua em que está, não consegue passar as características, porque está numa situação de vida ou morte. Visão em túnel", relata Cabral.
Com as 2.500 câmeras adicionadas ao programa nesta segunda, serão 33 batalhões equipados no estado. Até agosto, serão mais 4.500 câmeras incorporadas. Sendo assim, até o fim deste ano, dez mil equipamentos devem estar em uso.