Blinken também enfatizou a disposição dos Estados Unidos de continuar uma "troca substancial" com a Rússia sobre preocupações de segurança mútua, acrescentou o Departamento de Estado.
Segundo o secretário de Estado, as discussões sobre segurança com a Rússia avançariam melhor se Moscou reduzisse a escalada militar na fronteira com a Ucrânia.
"Se o presidente Putin realmente não pretende ir à guerra ou uma mudança de regime", disse o secretário à Lavrov, "então este é o momento de retirar tropas e armamento pesado e de se engajar em uma discussão séria[...] que pode reforçar a segurança coletiva europeia".
O secretário "enfatizou que uma nova invasão da Ucrânia teria consequências rápidas e severas e instou a Rússia a seguir um caminho diplomático", disse o departamento em comunicado.
Blinken também reiterou o compromisso dos EUA com a soberania e integridade territorial da Ucrânia e instou a Rússia a reduzir e retirar tropas das fronteiras.
Um funcionário do Departamento de Estado contou, sob anonimato, que Blinken disse a Lavrov que Washington e seus aliados estavam prontos para se sentar e discutir as propostas que ambos os lados estabeleceram em uma série de cartas para resolver a crise.
Ainda de acordo com o funcionário, "nada do que ouvimos daria qualquer indicação de que veremos uma mudança nos próximos dias", em termos de desescalada.
"Continuamos a ouvir essas garantias de que a Rússia não planeja invadir, mas certamente todas as ações que vemos dizem o contrário, com o contínuo acúmulo de tropas e armas pesadas se movendo para a fronteira", disse o funcionário.
Compromisso para resolução do conflito
Segundo funcionário do Departamento de Estado dos EUA uma carta enviada, na segunda-feira (31), por Lavrov a Blinken e seus pares na Europa não foi a resposta formal da Rússia às posições que os EUA e aliados europeus estabeleceram em documentos enviados a Moscou na semana passada.
"Eles ainda estão trabalhando em sua resposta formal", que precisa ser assinada pelo presidente Vladimir Putin, disse o funcionário. Assim que essa resposta for entregue, os diferentes lados vão poder falar sobre os próximos passos do processo, completou ele.
Os EUA teriam enfatizado a necessidade de a Rússia retirar alguns dos mais de 100.000 soldados que teria acumulado na fronteira da Ucrânia, inclusive dentro de Belarus.