Panorama internacional

Forças russas na fronteira representam 'claro perigo' à Ucrânia, diz Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou, nesta terça-feira (1º), durante viagem a Kiev, que as forças russas concentradas na fronteira representam um "claro perigo" à Ucrânia.
Sputnik

"Vemos um grande número de tropas se concentrando e preparativos para todos os tipos de operações que são consistentes com uma campanha militar iminente", disse Johnson em entrevista coletiva, ao lado do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, conforme noticiou a AFP.

O primeiro-ministro disse que a situação é "urgente" e que "precisa ser resolvida agora", exortando a Rússia a retirar suas tropas e a optar pela diplomacia. Segundo ele, qualquer invasão seria um "desastre".
"É vital que a Rússia dê um passo atrás e escolha o caminho da diplomacia, e acredito que isso ainda seja possível", declarou.
Johnson viajou a Kiev como parte de uma ofensiva diplomática ocidental com a intenção de impedir um suposto ataque russo à Ucrânia, que o Kremlin nega estar planejando.

"Uma invasão russa na Ucrânia seria um desastre político e humanitário. E na minha opinião, também seria um desastre militar para a Rússia e para o mundo", disse Johnson.

O primeiro-ministro afirmou que o Reino Unido está preparando um pacote de "sanções e outras medidas a serem promulgadas no momento em que a Rússia cruzar um milímetro do território ucraniano".
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Já Zelensky ressaltou que o exército do país "melhorou significativamente suas capacidades depois de quase oito anos lutando contra independentistas apoiados pela Rússia" no leste do país.
"Para aqueles que querem capturar parte de nosso território, há grandes riscos agora. Os ucranianos vão se defender até o fim. Os russos devem nos ouvir, devem entender que ninguém precisa de uma guerra", disse Zelensky.
Segundo o presidente ucraniano, uma eventual invasão russa seria uma "tragédia".
"Não será uma guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Será uma guerra em grande escala na Europa", disse.
A Rússia rejeita as suspeitas de invasão e acusa a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de aumentar a atividade militar perto de suas fronteiras, o que o país enxerga como uma ameaça à segurança nacional.
Moscou argumenta que, segundo o direito internacional, as nações têm o direito de mover forças dentro de seu próprio território.
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